domingo, 28 de agosto de 2011

Entrevista a Synyster Gates, Ultimate-Guitar.



Pedimos imensa desculpa antes de mais nada, pela desactualização do blog. Não tem havido novidades relativas ao Syn. 
O álbum de estúdio mais recente da banda Avenged Sevenfold, "Nightmare" - o quinto álbum da banda até agora- é o primeiro sem o baterista James 'The REV' Sullivan, que tristemente faleceu em Dezembro de 2009. O album conta com a participação do ex-baterista da banda Dream Treathe, Mike Portnoy no banco da bateria.  O grupo tem como ajuda na tour, Arin Ijejay que toca todas as musicas, na bateria. Durante a passagem pela Austrália,  Joe Matera entrevistou Synyster Gates, que comentou sobre o novo baterista, a nova tour e sobre as influencias das bandas de metal na nova geração.  


Ultimate-Guitar: Eu queria começar a entrevista perguntando-lhe como foi alterada a dinamica dentro da banda depois de ter sido adicionado o novo recruta Arin Ijejay na bateria?
Synyster Gates: Bem é dificil dizer. Quer dizer há coisas que são diferentes, definitivamente, em comparação com a dinamica que tinhamos com o Jimmy e com a que tivemos com o Mike, é diferente. Arin é ainda um jovem,  e é mais sobre nós levarmos-o debaixo das nossas 'asas' do que com o Jimmy, as coisas eram totalmente diferentes,  Jimmy era louco, muito engraçado e éramos todos amigos. Foi a temporada mais louca dos Avenged Sevenfold.
Eu acho que desde a morte do THE REV  todos nós tivemos que crescer um pouco e o Mike ajudou-nos a ultrapassar o nosso período de luto.  Quero dizer, tocar com o Arin  é mais fácil agora, porque  a atmosfera é mais leve, do que os momentos que tivemos com o Mike na altura. E nao era por causa do Mike, mas sim porque a morte do THE REV que era ainda muito recente. Mas agora estamos no processo de cura e é como respirar ar fresco, ter connosco este jovem rapaz muito talentoso, que é muito humilde e merecedor  de todas as coisas que lhe possam vir acontecer.


UG:Então e vocês já entraram no processo de escrita do próximo álbum? 
Synyster Gates:Nós não temos quaisquer  planos para agora, estamos realmente focados na tour. Milhares de novos lugares  se abriram para nós e estamos realmente entusiasmados por ir e ver todos os nossos fãs, tanto fãs antigos como novos, e tocar para todos eles que já não nos vêem por algum tempo. E é isso que é realmente emocionante para nós. Quando tentamos misturar os dois, escrever as letras e a tour, na realidade não funciona. Nós tendemos a ficar focados no que estamos a fazer. E nós somos muito perfeccionistas, e quando estamos a preparar um grande concerto e queremos dar o nosso melhor, nós praticamos muito. Eu ensaio com a minha guitarra, mais ou menos cinco horas antes de cada concerto.


UG:Avenged Sevenfold ainda está em tour com mais recente álbum Nightmare?
Synyster Gates:Sim e nós ainda temos uma enorme tour pela frente. Nós temos muita sorte por ainda termos uma grande  parte do mundo, convidando-nos para tocarmos e por ainda estarmos em desenvolvimento. E cada vez mais desenvolvemos uma base mais ampla de fãs espalhadas por todo o globo. É fixe, podermos ir a lugares, como a Austrália por exemplo,  e ver milhares de miudos a gritar por nos, é definitivamente um sonho tornado realidade.


UG:E vocês gostam de tudo o que a tour envolve?
Synyster Gates:A tour é a minha parte favorita da industria da música. Especialmente a parte de podermos visitar países diferente com culturas diferentes e tocar para todos estes miúdos. É muito mais gratificante estar no palco  ver a multidão a delirar com a 'merda' para a qual nós trabalhamos no duro, ali naquele mesmo momento, do que estar num estúdio de 'merda' a pensar como é que irá afectar o público quando estiver pronto. É muito mais fixe experimentar o efeito em primeira mão.


UG:Para a actual tour, qual é a guitarra que usas? 
Synyster Gates:É na mesma a minha Schecter com a assinatura Synyster Gates para todos os concertos. É uma guitarra personalizada que a Schecter fez para mim. É uma guitarra muito versatil. Nós tocamos com Schecter praticamente desde que começamos a trabalhar com Mudrock [produtor] em Walking the Fallen. Eu gosto realmente destas guitarras e já tocava com elas mesmo antes de eles nos patrocinarem. Eles são uma empresa  muito grande, e quando nós começamos o contracto de patrocínio, eles foram muito rápidos em arranjarem-nos guitarras personalizadas, tal como eu queria.  Eu sempre gostei do Dimebag que tinha a sua própria linha de guitarras que mais ninguém tinha. E eu também queria uma linha só minha. E, embora algumas empresas façam-te algo único, eles não se preocupam necessariamente em torná-lo num instrumento de boa qualidade. No entanto, a Schecter não poupou nos gastos para fazer o que eu realmente queria. E ainda por cima, eles fazem outras guitarras muito boas também, o que a torna uma grande empresa em todos os sentidos. E eles apoia-nos verdadeiramente durante o  processo do álbum.


UG:E quanto aos amplificadores?
Synyster Gates:Amplificadores Marshall no momento.


UG:Um modelo especifico em particular?´
Synyster Gates:Não sei exactamente qual. Tudo o que sei é que é uma coisa multi-canal. Eu acho que é a unica que tem  todo o material Midi. É um verdadeiro polivalente de amperes de vasta gama.


UG:Será um modelo JVM?
Synyster Gates:Sim é isso.
UG:Então e como é que dividem os solos de guitarra entre ti e o Zacky?
Synyster Gates:Eu acho que depende de quem escreve. Se eu escrever algo é mais provável ser eu a tocar. Mas normalmente o Zacky toca a melodia na integra, independentemente se fui eu ou ele que escreveu. Eu geralmente gosto de orquestras, harmonias e coisas assim. Eu acabo por tocar as partes da orquestra, na maior parte das vezes. É assim que se trabalha com o trabalho da banda. Quem vier com alguma ideia, nós trabalhamos sempre a partir dai e à volta disso.


UG:Achas que a tua técnica e abordagem tem se mantido constante ao longo da carreira dos Avenged Sevenfold?
Synyster Gates:Não sei, eu tento sempre aproximar a minha abordagem na guitarra conforme o ponto de vista do escritor, onde eu tento sempre torná-lo num número mais melancólico e divertido. Tem de ser divertido e nunca sério demais. Eu nunca crio uma técnica exacta. Eu prefiro que um miúdo se ria do meu solo do que eu tenha que lhe partir o queixo. Eu prefiro muito mais inspirar com emoçoes diferentes. 


UG:O teu pai Sr. Brian Haner é tambem um guitarrista conhecido, e contribuiu para alguma faixas do álbum Nightmare. Qual é o tamanho da influencia do teu pai quando eras mais novo e tocavas só para ti?
Synyster Gates:Ele influenciou-me muito, na verdade. Eu cresci numa casa que tinha um monte de rock clássico e jazz.  Mas eu sempre tive uma curiosidade insaciável por tecnicas de metal e coisas do genero. E eu fui mais para o género de música pesada, de bandas como Pantera, Dream Theather e Guns N' Roses. Mas as minhas influencias vao de The Beatles a Led Zeppelin.


UG:Existem planos para um álbum a solo ou talvez para ser o solista convidado no albúm de outra pessoa, tal como M.Shadows fez ao lado de Slash para o seu álbum a solo?
Synyster Gates:Eu não tenho quaisquer planos agora, tal como disse, nós tentamos ser perfeccionistas ao máximo quando trabalhos em algo, e neste momento estamos mesmo ocupados.  Eu gostava de ser  como... algo em que eu poderia fazer um milhão de coisas ao mesmo tempo. E quando não estou a fazer música com os Avenged Sevenfold, eu tendo a ficar no meu sofá, como uma batata, a beber cerveja durante todo o dia. Mas quem sabe? Talvez eu cresça e comece a beber café e faça uma colaboração e escreva coisas impressionantes.


UG:Algumas das novas bandas tendem a imitar-vos, tanto ao vosso estilo em palco como nas músicas. Como se sentem em relação a isso?
Synyster Gates:Nós certamente também não fomos os primeiros a fazê-lo. Houve muitos antes de nós e haverão muitos depois de nós. Nós não somos pioneiros em nada. Nós somos uma banda  que se concentra em escrever boa música, boas melodias, com dinâmica e músicas de vos fazer sonhar. Os músicos de agora estão muito mais focados na batida de agora e deixam-se levar. Mas é muito bom ouvir que ainda há bandas que seguem o nosso estilo.


UG:O que achas de bandas tipo Black Veil Brides que estão a tornar os clássicos dos anos 80 com um toque moderno?
Synyster Gates:Acho que é verdadeiramente fixe. A primeira vez que os ouvi a tocar, eu não sabia quem era, e pensei 'owh isto é realmente louco, tenho mesmo que vê-los ao vivo'. Eu estava mesmo á espera do típico grito de heavy metal, do género  Motley Crue. Mas eles são extermamente talentosos e eu gosto da imagem deles. Acho que são realmente uma boa banda.


UG:Ultima questão. O ponto de viragem tanto musicalmente como comercialmente para os Avegend Sevenfolg foi em 2005 com City of Evil. Como é que vês esse álbum hoje em dia?
Synyster Gates:O que nós tínhamos decidido para esse álbum basicamente era,  que  íamos esquecer quaisquer orientações, regras ou regulamentos, e que criaríamos o tipo de música que desejávamos. E assim deitamos fora o 'livro das regras', escrevemos o álbum de que estávamos, e estamos muito orgulhosos. Foi musicalmente aventureiro e aprofundamos em diferentes estilos de música, música que não tínhamos feito anteriormente. Foi muito fixe explorar todo aquilo tipo de músicas na altura.




Para ver a entrevista no formato original aqui